segunda-feira, 6 de março de 2017

A DESCOBERTA DO BUDA – CONQUISTE A SI MESMO

A DESCOBERTA DO BUDA – CONQUISTE A SI MESMO
Sutra: É melhor conquistar a si mesmo do que vencer mil batalhas. Então, a vitória é sua, não pode ser tirada de você, nem por anjos nem por demônios, céu ou inferno.

Osho: Há apenas alguns acontecimentos significantes na vida de Alexandre, o Grande. Um deles é o encontro com o grande místico Diógenes. Diógenes estava deitado às margens de um rio, nu, tomando banho de sol. Era de manhã cedo. O sol matinal, a beleza da margem do rio e a areia fresca… e Alexandre estava passando por aquela região – estava a caminho da Índia.

Alguém lhe disse:

 – Diógenes está bem perto daqui. E você sempre pergunta sobre ele! – sim, porque Alexandre tinha ouvido muitas histórias. Diógenes era realmente um homem digno de ser chamado de “um homem”! Até Alexandre, lá no fundo, tinha inveja dele.

Ele foi vê-lo. E ficou impressionado com a sua beleza – nu, sem enfeites, sem quaisquer ornamentos. O próprio Alexandre estava coberto de ornamentos, enfeitado de todos os modos possíveis, mas, diante de Diógenes, ele parecia muito pobre. E ele disse a Diógenes:

– Tenho inveja de você. Eu pareço pobre, comparado a você, e você não tem nada! Que riqueza é essa que você tem?

Diógenes disse:

– Eu não desejo nada, a ausência de desejo é o meu tesouro. Eu sou um mestre porque não possuo nada; a não-possessividade é minha mestria, e eu conquistei o mundo, porque conquistei a mim mesmo. E minha vitória vai comigo e a sua vitória lhe será retirada pela morte.

E quando Alexandre estava morrendo, ele se lembrou de Diógenes, do seu riso, da sua paz, da sua alegria. Ele se lembrou de que Diógenes tinha algo que transcendia a morte, e se deu conta: “Eu não tenho nada”.

Ele chorou, lágrimas afloraram em seus olhos e ele disse a seus ministros:

– Quando eu morrer e vocês levarem o meu corpo para o cemitério, deixem minhas mãos para fora do ataúde.

Os ministros perguntaram:

– Mas não é esta a tradição! Por quê? Por que esse pedido tão estranho!?

Alexandre disse:

– Eu quero que as pessoas vejam que eu cheguei de mãos vazias e estou partindo de mãos vazias, e que toda a minha vida foi um desperdício. Deixem minhas mãos para fora do ataúde de modo que todos possam ver; até mesmo Alexandre, o Grande, está partindo de mãos vazias.

Despertando: Se você não assumir o controle da situação em algum momento, viverá uma vida pré-programada pela sociedade.

Quando você vem ao mundo, existe um “plano padrão” pré-estabelecido te esperando onde diz que: você tem que estudar em um bom colégio, ingressar em uma boa universidade, conseguir um bom emprego, ter dinheiro, prestígio, constituir família, ter uma velhice tranquila e, então, partir em paz.



Esse é o caminho padrão de busca pela felicidade proposto pela sociedade, essas são as batalhas a serem vencidas. E você pode vencê-las, basta entender como o jogo funciona e pagar o preço que dará “certo” – conquistar tudo isso não será o problema.

Acontece que existe uma diferença entre o que a sociedade diz que é felicidade e o que, de fato, é a felicidade. O modelo proposto pela sociedade é materialista e, o ego, é quem está por trás dele. E toda felicidade oriunda do cumprimento de exigências feitas pelo ego tem prazo curto de validade.

Você pode ser feliz através do dinheiro, até que uma falência aconteça e leve embora a sua paz. Você pode ser feliz através de um relacionamento, até que uma separação ocorra e, então, você se verá infeliz. Qualquer felicidade dependente de fatores externos terá baixa intensidade e pouca duração.

Todos nós temos nossa Centelha Divina, todos, um dia, irão acordar para o amor. E o início do despertar acontece exatamente no momento que você compreende que a verdadeira felicidade está dentro de nós, é interna, não tem nenhuma relação com o mundo fora.

Quando o olhar passa a ser para dentro, quando optamos pelo caminho do autoconhecimento, entramos no processo de reencontro com a nossa alma, com nosso Eu Superior – a parte de nós que sempre estará presente, não importando o quanto esteja escondida pelas camadas de lixo criadas pelo ego.

Essa é a proposta oferecida por Buda, a conquista de si mesmo, a jornada de autoconhecimento.

Somente quando você experimentar a sensação de completude, de não-dependência do dinheiro, é que terá todo o dinheiro necessário para ser feliz. Somente quando você for capaz de ser feliz sozinho, sem a dependência de um outro alguém, é que realmente conseguirá ser feliz a dois.

É quando conquistamos a nós mesmos, é quando nos lembramos da divindade que somos, que nos fundimos no Todo e, a partir daí, passamos a experienciar a paz.

Busque conhecimento, emita amor, seja Luz!

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