A DESCOBERTA DO BUDA – CONQUISTE
A SI MESMO
Sutra: É melhor conquistar a si
mesmo do que vencer mil batalhas. Então, a vitória é sua, não pode ser tirada
de você, nem por anjos nem por demônios, céu ou inferno.
Osho: Há apenas alguns
acontecimentos significantes na vida de Alexandre, o Grande. Um deles é o
encontro com o grande místico Diógenes. Diógenes estava deitado às margens de
um rio, nu, tomando banho de sol. Era de manhã cedo. O sol matinal, a beleza da
margem do rio e a areia fresca… e Alexandre estava passando por aquela região –
estava a caminho da Índia.
Alguém lhe disse:
Ele foi vê-lo. E ficou
impressionado com a sua beleza – nu, sem enfeites, sem quaisquer ornamentos. O
próprio Alexandre estava coberto de ornamentos, enfeitado de todos os modos
possíveis, mas, diante de Diógenes, ele parecia muito pobre. E ele disse a Diógenes:
– Tenho inveja de você. Eu pareço
pobre, comparado a você, e você não tem nada! Que riqueza é essa que você tem?
Diógenes disse:
– Eu não desejo nada, a ausência
de desejo é o meu tesouro. Eu sou um mestre porque não possuo nada; a
não-possessividade é minha mestria, e eu conquistei o mundo, porque conquistei
a mim mesmo. E minha vitória vai comigo e a sua vitória lhe será retirada pela
morte.
E quando Alexandre estava
morrendo, ele se lembrou de Diógenes, do seu riso, da sua paz, da sua alegria.
Ele se lembrou de que Diógenes tinha algo que transcendia a morte, e se deu
conta: “Eu não tenho nada”.
Ele chorou, lágrimas afloraram em
seus olhos e ele disse a seus ministros:
– Quando eu morrer e vocês
levarem o meu corpo para o cemitério, deixem minhas mãos para fora do ataúde.
Os ministros perguntaram:
– Mas não é esta a tradição! Por
quê? Por que esse pedido tão estranho!?
Alexandre disse:
– Eu quero que as pessoas vejam
que eu cheguei de mãos vazias e estou partindo de mãos vazias, e que toda a
minha vida foi um desperdício. Deixem minhas mãos para fora do ataúde de modo
que todos possam ver; até mesmo Alexandre, o Grande, está partindo de mãos
vazias.
Despertando: Se você não assumir
o controle da situação em algum momento, viverá uma vida pré-programada pela
sociedade.
Quando você vem ao mundo, existe
um “plano padrão” pré-estabelecido te esperando onde diz que: você tem que
estudar em um bom colégio, ingressar em uma boa universidade, conseguir um bom
emprego, ter dinheiro, prestígio, constituir família, ter uma velhice tranquila
e, então, partir em paz.
Esse é o caminho padrão de busca
pela felicidade proposto pela sociedade, essas são as batalhas a serem
vencidas. E você pode vencê-las, basta entender como o jogo funciona e pagar o
preço que dará “certo” – conquistar tudo isso não será o problema.
Acontece que existe uma diferença
entre o que a sociedade diz que é felicidade e o que, de fato, é a felicidade.
O modelo proposto pela sociedade é materialista e, o ego, é quem está por trás
dele. E toda felicidade oriunda do cumprimento de exigências feitas pelo ego
tem prazo curto de validade.
Você pode ser feliz através do
dinheiro, até que uma falência aconteça e leve embora a sua paz. Você pode ser
feliz através de um relacionamento, até que uma separação ocorra e, então, você
se verá infeliz. Qualquer felicidade dependente de fatores externos terá baixa
intensidade e pouca duração.
Todos nós temos nossa Centelha
Divina, todos, um dia, irão acordar para o amor. E o início do despertar
acontece exatamente no momento que você compreende que a verdadeira felicidade
está dentro de nós, é interna, não tem nenhuma relação com o mundo fora.
Quando o olhar passa a ser para
dentro, quando optamos pelo caminho do autoconhecimento, entramos no processo
de reencontro com a nossa alma, com nosso Eu Superior – a parte de nós que
sempre estará presente, não importando o quanto esteja escondida pelas camadas
de lixo criadas pelo ego.
Essa é a proposta oferecida por
Buda, a conquista de si mesmo, a jornada de autoconhecimento.
Somente quando você experimentar
a sensação de completude, de não-dependência do dinheiro, é que terá todo o
dinheiro necessário para ser feliz. Somente quando você for capaz de ser feliz
sozinho, sem a dependência de um outro alguém, é que realmente conseguirá ser
feliz a dois.
É quando conquistamos a nós
mesmos, é quando nos lembramos da divindade que somos, que nos fundimos no Todo
e, a partir daí, passamos a experienciar a paz.
Busque conhecimento, emita amor,
seja Luz!
http://www.despertando.com.br/descoberta-do-buda-conquiste-si-mesmo/
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