LÓTUS,
A FLOR SAGRADA
Ela
cobre as planícies alagadas do Oriente, do Egito à China. E é venerada em todo
o mundo por milhões de pessoas, que a consideram o símbolo máximo da pureza
espiritual.
A
fumaça do incenso envolve como nuvens os monges budistas do templo DoiSuthep,
construído no século XIV nos arredores da cidade de Chiang Mai, no norte da
Tailândia. Ao amanhecer, como de costume, eles levam nas mãos os botões rosados
da flor de lótus, espalhando um perfume suave no ar. Com voz grave, murmuram um
dos principais mantras, os cânticos sagrados do Budismo:
"OM
MANI PADME HUM"
Originária
do antigo idioma sânscrito, a frase significa: "Ó jóia preciosa de
lótus". Terminada a oração, eles depositam uma quantidade tão grande de
lótus sob os pés de Buda que quase soterram a imagem sagrada.
Milhões
de pessoas de vários países asiáticos acreditam que o mantra do lótus tem a
capacidade de transformar as pessoas em seres puros e iluminados como o próprio
Buda.
Na
Índia, está relacionada à criação do mundo. De acordo com as escrituras
indianas, foi do umbigo do deus Vishnu que teria nascido uma brilhante flor de
lótus, e dela surgido outra divindade, Brahma, o criador do cosmo. Nas gravuras
indianas, deuses costumam aparecer em pé ou sentados sobre a flor.
São
assim, por exemplo, as representações do deus-elefante Ganesha, de Lakshmi, a
deusa da prosperidade, e de Shiva, o criador e destruidor.
No
interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito, o lótus também é
representado como planta sagrada, pertencente ao mundo dos deuses. Como na
Índia, essa flor testemunha a criação do universo. Um dos mais interessantes
relatos da mitologia egípcia sobre a origem de nosso planeta conta que, num
tempo muito distante, um cálice de lótus, com as pétalas fechadas, flutuava nas
trevas. Entediada com o vazio, a flor pediu ao deus Sol Ra que criasse o
universo. Agradecida pelo desejo realizado, a flor passou a abrigar o deus Sol
em suas pétalas durante a noite, de onde ele saía ao amanhecer para iluminar
sua criação.
Já os
chineses tinham outra interpretação, que ia além da mitologia: eles associavam
a flor ao órgão genital feminino. Na China antiga não havia elogio melhor para
uma cortesã do que ser chamada de Lótus de Ouro, segundo informam os
pesquisadores franceses Jean Chevalier e Alain Gheerbrant no livro Dicionário
de Símbolos. Explica-se assim porque entre os chineses a planta é tão associada
ao nascimento e à criação.
Mesmo
assim, o lótus não deixa de fazer parte das tradições religiosas daquele país.
A deusa do amor e da compaixão Kuan Yin, a mais venerada entre as divindades
femininas na China, é representada com flores de lótus ainda fechadas nas mãos
e nos pés. Como o botão da flor tem o formato do coração, os fiéis acreditam
que a planta teria o dom dos sentimentos amorosos.
Os
chineses acrescentam ainda outras qualidades preciosas ao lótus. Segundo eles,
a haste dura simboliza a firmeza, a opulência de sementes estaria relacionada à
fertilidade, as folhas - como nascem juntas - indicariam felicidade conjugal e
a opulência da planta, prosperidade. O passado, presente e o futuro também
seriam simbolizados, respectivamente, pela flor seca, pela aberta e pelas
sementes que irão germinar.
Nas
pinturas dos artistas tibetanos, linhagens de budas e homens santos aparecem
flutuando sobre flores de lótus - uma representação dos tronos da suprema
espiritualidade. Nas escrituras budistas do Tibet, conta-se que o pequeno Buda
já podia andar ao nascer e que, a cada passo, brotavam flores de lótus de suas
pegadas - um sinal de sua origem divina. Hoje, muitos monges e fiéis dessa
religião visualizam essa mesma cena enquanto caminham, imaginando que flores de
lótus surgem debaixo de seus pés. Com essa prática meditativa, acreditam eles,
estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda simbolizados pela flor.
Om Mani
Padme Hum
Este
Mantra expressa a energia pura da compaixão que existe em todos os seres.
Pronunciá-lo na meditação, ou enquanto executamos nossas tarefas diárias, não
apenas desperta a nossa compaixão, mas o fato de nos unirmos com os outros
milhões de indivíduos que também o pronunciam, contribu i para o crescimento da
energia de paz e de amor no mundo.
"OM"
Encerra as dimensões do Corpo, Fala e Espirito. Às vezes, em nossa vida ,
experimentamos distúrbios e emoções negativas que nos tiram de nossa verdadeira
natureza. "OM" nos dá a possibilidade de transformá-las, de
purificá-las. Pode ser traduzido também como a essência de toda forma de
esclarecimento.
"MANI"
Significa uma pedra preciosa para o amor e a compaixão.
"PADME"
É a flor de lótus, a flor que cresce na água e que se mostra exatamente como é.
Uma visão da realidade, a flor da sabedoria e do entendimento.
"HUM"
Representa o espírito do esclarecimento. Produz o efeito de estabilização e de
purificação espiritual.
Ela
cobre as planícies alagadas do Oriente, do Egito à China. E é venerada em todo
o mundo por milhões de pessoas, que a consideram o símbolo máximo da pureza
espiritual.
A
fumaça do incenso envolve como nuvens os monges budistas do templo DoiSuthep,
construído no século XIV nos arredores da cidade de Chiang Mai, no norte da
Tailândia. Ao amanhecer, como de costume, eles levam nas mãos os botões rosados
da flor de lótus, espalhando um perfume suave no ar. Com voz grave, murmuram um
dos principais mantras, os cânticos sagrados do Budismo:
"OM
MANI PADME HUM"
Originária
do antigo idioma sânscrito, a frase significa: "Ó jóia preciosa de
lótus". Terminada a oração, eles depositam uma quantidade tão grande de
lótus sob os pés de Buda que quase soterram a imagem sagrada.
Milhões
de pessoas de vários países asiáticos acreditam que o mantra do lótus tem a
capacidade de transformar as pessoas em seres puros e iluminados como o próprio
Buda.
Na
Índia, está relacionada à criação do mundo. De acordo com as escrituras
indianas, foi do umbigo do deus Vishnu que teria nascido uma brilhante flor de
lótus, e dela surgido outra divindade, Brahma, o criador do cosmo. Nas gravuras
indianas, deuses costumam aparecer em pé ou sentados sobre a flor.
São
assim, por exemplo, as representações do deus-elefante Ganesha, de Lakshmi, a
deusa da prosperidade, e de Shiva, o criador e destruidor.
No
interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito, o lótus também é
representado como planta sagrada, pertencente ao mundo dos deuses. Como na
Índia, essa flor testemunha a criação do universo. Um dos mais interessantes
relatos da mitologia egípcia sobre a origem de nosso planeta conta que, num
tempo muito distante, um cálice de lótus, com as pétalas fechadas, flutuava nas
trevas. Entediada com o vazio, a flor pediu ao deus Sol Ra que criasse o
universo. Agradecida pelo desejo realizado, a flor passou a abrigar o deus Sol
em suas pétalas durante a noite, de onde ele saía ao amanhecer para iluminar
sua criação.
Já os
chineses tinham outra interpretação, que ia além da mitologia: eles associavam
a flor ao órgão genital feminino. Na China antiga não havia elogio melhor para
uma cortesã do que ser chamada de Lótus de Ouro, segundo informam os pesquisadores
franceses Jean Chevalier e Alain Gheerbrant no livro Dicionário de Símbolos.
Explica-se assim porque entre os chineses a planta é tão associada ao
nascimento e à criação.
Mesmo
assim, o lótus não deixa de fazer parte das tradições religiosas daquele país.
A deusa do amor e da compaixão Kuan Yin, a mais venerada entre as divindades
femininas na China, é representada com flores de lótus ainda fechadas nas mãos
e nos pés. Como o botão da flor tem o formato do coração, os fiéis acreditam
que a planta teria o dom dos sentimentos amorosos.
Os
chineses acrescentam ainda outras qualidades preciosas ao lótus. Segundo eles,
a haste dura simboliza a firmeza, a opulência de sementes estaria relacionada à
fertilidade, as folhas - como nascem juntas - indicariam felicidade conjugal e
a opulência da planta, prosperidade. O passado, presente e o futuro também
seriam simbolizados, respectivamente, pela flor seca, pela aberta e pelas
sementes que irão germinar.
Nas
pinturas dos artistas tibetanos, linhagens de budas e homens santos aparecem
flutuando sobre flores de lótus - uma representação dos tronos da suprema
espiritualidade. Nas escrituras budistas do Tibet, conta-se que o pequeno Buda
já podia andar ao nascer e que, a cada passo, brotavam flores de lótus de suas
pegadas - um sinal de sua origem divina. Hoje, muitos monges e fiéis dessa
religião visualizam essa mesma cena enquanto caminham, imaginando que flores de
lótus surgem debaixo de seus pés. Com essa prática meditativa, acreditam eles,
estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda simbolizados pela flor.
Om Mani
Padme Hum
Este
Mantra expressa a energia pura da compaixão que existe em todos os seres.
Pronunciá-lo na meditação, ou enquanto executamos nossas tarefas diárias, não
apenas desperta a nossa compaixão, mas o fato de nos unirmos com os outros
milhões de indivíduos que também o pronunciam, contribu i para o crescimento da
energia de paz e de amor no mundo.
"OM"
Encerra as dimensões do Corpo, Fala e Espirito. Às vezes, em nossa vida ,
experimentamos distúrbios e emoções negativas que nos tiram de nossa verdadeira
natureza. "OM" nos dá a possibilidade de transformá-las, de
purificá-las. Pode ser traduzido também como a essência de toda forma de esclarecimento.
"MANI"
Significa uma pedra preciosa para o amor e a compaixão.
"PADME"
É a flor de lótus, a flor que cresce na água e que se mostra exatamente como é.
Uma visão da realidade, a flor da sabedoria e do entendimento.
"HUM"
Representa o espírito do esclarecimento. Produz o efeito de estabilização e de
purificação espiritual.
Fonte:
Arquivo do Portal Arco Íris
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