OS SETE ENSINAMENTOS DO LIVRO TIBETANO DO
VIVER E DO MORRER
Na história da humanidade, sempre houveram muitos documentos
e instruções que foram descobertas, mas nós agora lidamos com um problema: qual
deles seguir? Bem, isso, cada um de nós precisará decidir por qual destino
gostaria de seguir. De qualquer modo, esses antigos Ensinamentos Tibetanos irão
simplificar um pouco sua vida.
Muitos pesquisadores e filósofos já anotaram, escreveram e
tipificaram o que eles achavam que deveria ser feito aqui e porquê estamos
aqui, em primeiro lugar. Muitas pessoas, na Era do Transcendentalismo tentaram
tornar a vida mais fácil, e destacaram as necessidades básicas da vida. É uma
tendência que parece nunca diminuir, e há vários tons de diferentes algoritmos,
criados para informar, no tocante a proposta de uma vida mais simples.
O Livro Tibetano do Viver e Morrer, escrito por Sogyal Rinpoche em 1992 é um livro extremamente sábio que destaca apenas as lições mais importantes a serem aprendidas no decorrer da vida. O livro consiste em ensinamentos do Budismo Tibetano. Ensina várias lições Tibetanas diferentes, que são maneiras de viver e morrer bem, de acordo com o autor do livro, Sogyal Rinpoche.
O objetivo e ambição mais proeminente na jornada da vida das
pessoas, é alcançar a felicidade em tudo. O livro é poderoso, e consegue tocar
o coração e despertar a alma.
Morrer em Paz
Como Budista, vejo a morte como um processo normal, uma
realidade que aceito que irá acontecer, já que estou nesta existência terrena.
Sabendo disso, não é possível escapar dela e não vejo o porquê de se preocupar
com ela. Minha tendência é pensar na morte como se fosse uma troca de roupa,
quando elas já estão velhas e usadas, ao invés de um derradeiro fim.
Ainda assim, a morte é imprevisível. Nós não sabemos quando
ou como acontecerá. Então o que nos resta é tomar certas precauções, antes que
aconteça. Naturalmente, a maioria de nós gostaria de ter uma morte pacífica,
mas parece sensato dizer que não podemos esperar uma morte pacifica se nossa
vida tem sido cheia de violência, ou se nossas mentes têm sido agitadas, grande
parte do tempo, por emoções como a raiva, o apego ou o medo. Então, se queremos
morrer bem, precisamos aprender como viver bem. Para esperar uma morte
tranquila, precisamos cultivar paz em nossa mente, e em nosso modo de vida.
Saia da Armadilha da Ansiedade Habitual
Acima de tudo, esteja á vontade, seja natural e espaçoso, o
quanto for possível. Saia, sem alarde, da armadilha da sua ansiedade habitual,
solte todas as amarras, e relaxe em sua verdadeira natureza. Pense em suas
emoções comuns como um bloco de gelo ou um pedaço de manteiga colocados ao sol.
Se você estiver sentindo-se duro e frio, deixe essa agressividade dissolver-se
na luz clara do sol de sua meditação. Deixe a paz trabalhar em você e permita
reunir a sua mente dispersa, em uma mente de atenção plena de Calma
Permanência, e desperte em você a consciência e os vislumbres da Visão Clara. E
você encontrara toda a sua negatividade desarmada, sua agressividade
dissolvida, e sua confusão evaporando lentamente como neblina em um vasto céu
imaculado de sua natureza absoluta. Sogyal Rinpoche.
Conheça a Si Mesmo
Despidos de nossas referências familiares, ficamos frente à
frente apenas com nós mesmos, uma pessoa que não conhecemos, um enervante
estranho com quem temos vivido desde sempre, mas com quem nunca quisemos
realmente encontrar. Não é isso o temos tentado fazer, preenchendo cada momento
do nosso tempo com barulho e atividade, sendo chato ou trivial, para
assegurar-nos que não fossemos deixados em silencio com o estranho que somos
nós mesmos?
Verdade Espiritual e Senso Comum
Verdade Espiritual não é algo elaborado ou esotérico. Na
verdade, é de fato, profundo senso comum. Quando você descobre a natureza da
mente, camadas de confusão são retiradas. Na verdade, ninguém “se torna” um
Buda, você simplesmente cessa, vagarosamente, de estar iludido. E ser um Buda
não significa ser algum tipo de onipotente superman espiritual, mas tornar-se,
finalmente, um verdadeiro ser humano.
Meditação Liberta a Mente
Devote sua mente à confusão e, sabemos muito bem se formos
honestos, que ela se tornará um mestre Obscuro da Confusão, presa aos seus
vícios, sutil e perversamente influenciada em sua escravidão. Devote sua mente
à meditação no intuito de libertar-se a si mesmo da ilusão, e descobrirá que,
com tempo, paciência, disciplina e o treinamento certo, sua mente irá tornar-se
livre e conhecerá a bem-aventurança e a claridade. Sogyal Rinpoche
O presente por aprender a meditar é o maior presente que
pode ser dado a si mesmo nesta vida. Pois é apenas através da meditação que
você poderá empreender a jornada de descoberta de sua verdadeira natureza, e
encontrar, então, a estabilidade e confiança que precisará para viver e morrer
bem. Meditação é a via para a iluminação... Sentado quietamente, corpo firme,
silencioso, mente em paz, deixe seus pensamentos e emoções, o que aparecer,
chegar e ir embora, sem se apegar a nada.
Songyal Rinpoche.
As Coisas Não Acontecem como Você Quer
Planejar o futuro é como ir pescar em um poça; nada funciona
como você queria, então desista de todos esses esquemas e ambições. Se você
tiver que pensar sobre algo – pense sobre a incerteza do momento da sua morte.
Acolha a Impermanência e a Humildade
O que nasce, há de morrer. O que foi colocado junto, irá
dispersar-se. O que foi acumulado, será exaurido. O que foi construído, irá
colapsar, e o que está no alto virá abaixo.
A Ilusão de Ótica da Separação
Um ser humano é parte de um Todo, chamado “Universo”, uma
parte limitada no tempo e espaço. Ele experimenta a si mesmo, seus pensamentos
e sentimentos, como algo separado do resto – uma forma de ilusão de ótica de
sua consciência. Essa ilusão é um tipo de prisão para nós. Restringindo-nos a
nossos desejos pessoais e à afeição de algumas pessoas que nos rodeiam. Nossa
tarefa deve ser libertar-nos desta prisão ao ampliar nosso círculo de
compaixão, de forma a abraçar todas as criaturas vivas e Toda a natureza.
Sogyal
Rinpoche
http://www.crystalwind.ca/find-your-way/many-paths/buddhism/seven-teachings-from-the-tibetan-book-of-living-and-dying
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